Tomar decisões nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais quando estamos falando do futuro de uma organização. Foi-se o tempo em que os gestores tomavam suas decisões baseados somente em suas experiências e intuição. Na era da informação, ter acesso a dados certeiros e ao monitoramento constante das informações, são requisitos essenciais para o sucesso.
Segundo Thomas Davenport (1998, p.19) os dados são “observações sobre o estado do mundo”, ou seja, para uma tomada de decisão efetiva é necessário analisar a realidade do mercado. A importância disso está na operação de soluções de problemas e na criação de planos estratégicos, a fim de manter uma estrutura organizativa, buscando traçar caminhos e saídas inteligentes.
Vejamos a seguir, as etapas do processo de tomada de decisões segundo alguns autores.
Índice
Etapas da tomada de decisão
O processo de tomada de decisão nem sempre é efetivo, portanto, é oportuno considerar que esse processo seja feito de forma prevenida. O autor Samuel C. Certo (2005), especialista em Administração Estratégica, organizou o processo de decisões em 5 etapas, que são:
- Identificar o problema;
- Enumerar alternativas;
- Selecionar a alternativa mais adequada;
- Colocar em prática a escolha;
- Acompanhar a decisão.
Outros autores como Idalberto Chiavenato (2003, p.348) , também elaborou este processo em etapas, como:
- Perceber a situação que envolve o problema;
- Analisar o problema;
- Definir quais são os objetivos;
- Procurar alternativas ou definir um quadro de ações;
- Escolher a alternativa mais adequada que alcance os objetivos;
- Avaliar e comparar alternativas;
- Colocar em prática a decisão.
Estudando as alternativas desses autores, podemos também criar um modelo de etapas, tendo em mente que o objetivo é diminuir a possibilidade de erro. Geraldo Caravantes (2005, p. 446), entende o procedimento de decisões como: “[…] reconhecer e diagnosticar a situação, gerar alternativas, avaliar as alternativas, selecionar a melhor alternativa, implementar a alternativa escolhida e avaliar os resultados.”
Sendo assim, baseado nos modelos dos autores acima citados, confira nossas sugestões para implementar na sua estratégia:
Identifique o problema
Como é possível perceber, a maioria dos processos decisórios se baseiam em resolver os problemas, neste caso, identificá-los é a primeira etapa. Isso quer dizer que você como gestor, precisa estar atento aos detalhes da sua organização, a fim de verificar quais desafios estão sendo enfrentados.
Um exemplo de problema que vemos com frequência no mercado do ensino superior particular é a evasão. Sendo uma adversidade recorrente e que afeta diretamente a receita da instituição, é imprescindível estar atento(a) às estratégias que garantirão a permanência dos alunos, a fim de evitar novos possíveis problemas.
Colete dados
Aqui é uma etapa importante para compreender melhor a realidade do mercado, da mesma forma que é possível analisar a concorrência, ajudando a criar um plano de ação em que você se previne de possíveis ameaças. Leia o nosso artigo: Por que dados são tão essenciais? e entenda melhor essa premissa.
Identifique as alternativas
Uma vez estudado os dados, você já tem um panorama de quais soluções você tem disponíveis, pois é natural que tenha mais de uma forma de resolver as questões atreladas ao problema. Por isso, separe as opções e estude cada alternativa, verificando se a escolha que fez faz mais sentido dentro da realidade da sua organização, e se de fato ela potencializa as chances de atingir os seus objetivos.
Escolha a alternativa mais adequada
Ao analisar o mercado e criar um planejamento, é possível escolher o caminho a seguir com base nos estudos anteriores. Também é o momento para desenvolver melhor o seu plano de ação, tornando-o mais complexo e escrevendo exatamente o que será realizado. Existem várias maneiras de colocar isso em prática, através de ferramentas como mapas mentais, método Kanban, mapa de processo, entre outros, veja qual você se identifica e se adapta melhor.
Tomar a decisão e acompanhar
O processo de decisão não cessa após a sua última etapa, ele permanece no acompanhamento dos resultados com a intenção de verificar se houve consequências positivas ou negativas. Como havíamos mencionado, é nesta etapa que você irá compreender melhor a dimensão das escolhas durante o processo decisório, juntando informações para o próximo processo.
Mesmo que os resultados não sejam tão favoráveis ainda, é possível garantir conhecimentos gerais que irão lhe auxiliar em outro momento. Além disso, o resultado não é necessariamente ambíguo entre o acerto e o erro, porque você pode resolver parcialmente o seu problema ou atingir metas mesmo sem a solução necessária.
Essas são algumas formas de tornar a tomada de decisão menos problemática, esperamos que com essas alternativas você consiga desenvolver o seu processo decisório e alcançar avanços de forma prática e efetiva.
Sobre os autores citados no texto
*Thomas H. Davenport é um dos mais importantes autores norte-americanos da área de Sistema de Informações. Seu primeiro sucesso foi o livro “Ecologia da Informação”, publicado em 1997.
*Samuel C. Certo é especialista em Administração Estratégica e autor de títulos que tratam da temática.
*Idalberto Chiavenato é um autor respeitado da área de Administração de Empresas e Recursos Humanos, sendo professor, escritor e administrador de empresas e recursos humanos.
*Geraldo R. Caravantes é autor de obras da área da administração e foi membro integrante da Academia Brasileira de Ciência de Administração – ABCA.
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