A evasão no ensino superior é um problema recorrente que atinge principalmente a rede privada de ensino, fazendo com que gestores tenham que elaborar estratégias cada vez mais ajustadas para a permanência de seus alunos.
Na última década, podemos notar um grande aumento no número de instituições e ofertas de cursos em diferentes modalidades. Essa expansão constante nos faz refletir sobre os novos desafios que a evasão impõem a esse mercado.
A evasão estudantil no ensino superior é um problema internacional que afeta o resultado dos sistemas educacionais. As perdas de estudantes que iniciam mas não terminam seus cursos são desperdícios sociais, acadêmicos e econômicos. No setor público, são recursos públicos investidos sem o devido retorno. No setor privado, é uma importante perda de receitas. Em ambos os casos, a evasão é uma fonte de ociosidade de professores, funcionários, equipamentos e espaço físico.
Fonte: (LOBO et al., 2007, p. 642).
Vejamos a seguir, alguns números que nos mostram na prática como anda a evasão no ensino superior a nível nacional.
O que os dados nos mostram?
Se analisarmos os últimos cinco anos da série histórica, observamos que o número de evadidos teve uma alta significativa. No último ano, a taxa de crescimento chegou a 8,57% como mostra o gráfico abaixo.
Se avançarmos mais e visualizarmos os números por estado, observamos que esse contingente se apresenta com mais força no estado de São Paulo, que possui 24,82% do total nacional de evadidos em 2021.
Segundo entrevista do Portal G1, o diretor-executivo do Instituto Semesp, Rodrigo Capelato, afirmou que os estudantes mais afetados são aqueles com maior vulnerabilidade social. Ele diz: “São os que geralmente precisam trabalhar para poder estudar, a maioria estuda à noite. Eles tiveram perda de emprego, ou perda de renda por trabalho informal. Eles não conseguiam mais pagar a mensalidade ou não tinham, inclusive, infraestrutura para poder assistir às aulas remotamente”, relata.
Outro dado interessante são as taxas de evasão por modalidade de ensino, já que na pandemia (de 2020 para 2021), tivemos uma crescente procura por cursos EAD (+19,66%). Se analisarmos os dados, podemos ver que neste anos, assim como a evolução nas matrículas, também houve uma evolução na evasão, chegando a bater 35,33% em 2021.
Adicionando uma medida de tendência para os próximos anos, podemos ver uma queda no número de evadidos na modalidade presencial em relação a 2017 até 2024. Porém, se analisarmos a modalidade EAD, é previsto um aumento de 208,20% no mesmo período de tempo, como mostra a imagem abaixo.
Indicadores Predefinidos de Evasão
Ao acessar a aba de Indicadores Predefinidos do Armazém de Dados do Mercadoedu, na aba de evasão, você irá se deparar com algumas opções disponíveis, entre elas:
- Taxa de evasão (TE): informa o percentual de alunos evadidos, frente ao total de alunos;
- Índice de evasão: informa o percentual de alunos evadidos frente aos alunos matriculados;
- Taxa Evasão real (TER): mostra o percentual no ano em que a evasão ocorreu.
Aqui no nosso blog, você também encontra outros artigos e tutoriais relacionados ao tema, como, a diferença entre a taxa de evasão e o índice de evasão, ou ainda o total e share de evasão.
Considerações Finais
Como vimos, a evasão é um problema recorrente que afeta diversas instituições em todos os níveis de ensino. Na educação superior, seus motivos são diversos, e é preciso que os gestores estejam atentos, elaborando estratégias precisas através do acompanhamento de dados e da análise desses resultados.
Caso tenha alguma dúvida sobre o conteúdo, basta entrar em contato através de nosso canal de suporte, ou através das nossas redes sociais. Até a próxima!
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[…] Ao se diferenciar e oferecer um ensino de qualidade, sua IES pode se destacar em um mercado cada vez mais concorrido, atraindo novos alunos e retendo aqueles já existentes. […]