Conforme observamos os números de ingressos na última década, é notável a evolução do público feminino no ensino superior nos últimos anos. Porém, este avanço já vem de longa data. Se formos além e pegarmos também os dados dos últimos quatro censos (1980, 1991, 2000 e 2010) essa evolução se torna ainda mais significativa.
De acordo com o Censo Demográfico 2000, o percentual de mulheres no grupo etário 25-29 anos com 2º grau completo é consideravelmente maior que o de homens. Essa diferença de cinco pontos percentuais sugere que, no futuro, caso desejem cursar uma universidade, muito mais mulheres do que homens estarão aptas a fazê-lo.
Conforme observamos o número de matriculadas nos últimos 10 anos, notamos que o número supera o de homens, e o abandono por parte do público masculino só colabora ainda mais para esse cenário. Outro dado importante na confirmação desse fato é o número de concluintes nessa mesma série histórica, que deixa claro o crescimento de mulheres aptas a atuarem no mercado de trabalho, divergindo do público masculino que não teve um crescimento tão expressivo.
Estreitando um pouco mais nosso campo de visão, levando em consideração somente as IES privadas a nível Brasil, o resultado não foi diferente. Usando como exemplo o número total de matriculados, as mulheres novamente são a maioria, chegando a mais de 1 milhão de matrículas a mais que homens, considerando apenas 2019, como mostra esse relatório. Se pegarmos o contingente de concluintes no mesmo cenário, podemos ver novamente o público feminino em maior número, com um um saldo de mais de 200 mil mulheres a mais em relação ao público masculino em 2020, veja aqui.
Como pode-se observar, as mulheres são mais da metade das matrículas em áreas do bem-estar, que inclui o curso de Serviço social (89,15% em 2019), Enfermagem (82,8% em 2019), Ciências sociais (56,5% em 2019) e Pedagogia (91,73% em 2019). Por outro lado, representam apenas 15,63% dos alunos de Computação e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e 19,01% nos cursos de Engenharia, ambos também em 2019. A estimativa é que nos próximos 3 anos o número de mulheres matriculadas cresça em torno de 36,25% enquanto o público masculino fica um pouco mais abaixo com 31,63%. Veja o relatório completo de cursos aqui.
Como foi apresentado durante o todo o texto, a presença feminina dentro das IES é algo crescente nos últimos anos, e dados como esses são de suma importância na hora de se estratégias estratégias elaboradas.
Todos os dados apresentados se encontram na plataforma do Mercadoedu, e, caso tenha ficado com alguma dúvida ou queira ajuda para extrair esses dados, entre em contato pelo nosso canal de suporte.
Até mais!
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[…] os cursos técnicos no Brasil. O mesmo cenário foi visto dentro da educação superior relatado no Relatório #8, em que abordamos a evolução do público feminino nas […]