O Fundo de Financiamento Estudantil – FIES é o programa do Ministério da Educação instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que tem como objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC e ofertados por instituições de educação superior não gratuitas.
Muito tem se falado no declínio do programa, que, desde 2016, apresentou uma considerável baixa na adesão de novos contratos, o que tende também a afetar o número de matrículas do ensino superior privado.
Em 2018, o Governo Federal lançou o NOVO FIES, que visa garantir a sustentabilidade e a continuidade do programa. Entre as principais mudanças, foram consideradas a inclusão de uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato. A partir disso, o Fies tem funcionado em duas modalidades:
- para alunos que tenham renda familiar per capita mensal de até 3 salários mínimos (com juros zero);
- para alunos que tenham renda familiar per capita mensal de até 5 salários mínimos (também chamado de P Fies).
Para validarmos as nuances desse cenário, criamos um relatório com a evolução do número total de alunos que participaram do programa de 2012 até 2019. Clique aqui conferi-lo em detalhes.
No gráfico em destaque, é possível analisar os números totais de adesões ao financiamento e como eles cresceram a partir de 2012, atingindo o seu pico no ano de 2015 com 1.530.373 alunos. Após isso, percebe-se como houve a queda contínua de adesões, chegando a 658.537 alunos em 2019. Entre os anos analisados, houve crescimento de + 141,05% na região norte do país, contra uma queda de -10,85% de alunos na região sul.
Quando analisados de maneira isolada, os números do mercado tendem a não ter uma relevância tão significativa, porém, quando vistos em conjunto com diversos outros dados, podem trazer inúmeros insights para a estratégia e o futuro de uma instituição.
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